O relatório climático “Playing Against the Clock”, publicado no Rapid Transition Alliance, revelou que as mudanças climáticas pelas quais o planeta está passando fará com que 10 dos 19 lugares que já foram sedes dos Jogos Olímpicos de Inverno não possam receber os jogos até 2050 e 6 só depois de 2080.
Isso porque, com as temperaturas altas, não haverá neve suficiente nas regiões montanhosas, onde acontecem a maior parte dos esportes de inverno. De acordo com o jornalista, autor e acadêmico do documento, David Goldblatt, o pouco de neve derreterá rápido não permitindo as práticas.
Sedes dos Jogos Olímpicos de Inverno ameaçadas pelas mudanças climáticas
Ele relembra os Jogos Olímpicos de Inverno de 2010, em Vancouver, no Canadá, em que os organizadores disseram ser os “mais quentes já registrados”. Em Sochi 2014 também não foi diferente e estava ainda mais quente, conforme apontado pelo site Planet Ski.
“Muitos competidores reclamaram da falta de neve, e a neve lenta, úmida e pesada que estava disponível era difícil de manobrar”, apontou. Sem contar que “essas condições precárias do percurso fizeram com que a maioria dos vencedores de medalhas viesse dos 10 primeiros atletas a começar em cada competição, que tinham a enorme vantagem de correr em neve mais seca que foi rapidamente degradada pelos que os seguiram”.
Além disso, em 2014 houve uma queda de 5% nos atletas que realmente terminaram o evento e um aumento de 9% nas lesões dos competidores no esqui alpino, esqui freestyle e snowboard em comparação com 2010.
Segundo as previsões dos pesquisadores da Universidade de Waterloo, no Canadá, a região será uma das que provavelmente não será capaz de sediar os jogos por razões climatológicas. Dentre as outras, estão a Rússia, a Alemanha, a Noruega e a França.
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