Com ótimo resultado, André Barbieri termina sua participação nos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2022

Crédito foto em destaque: Thomas Lovelock/OIS

André Barbieri conquista ótimo resultado em sua primeira prova de Banked Slalom em Jogos Paralímpicos

André Barbieri voltou às pistas de neve de Beijing para participar da prova de Banked Slalom, que foi realizada às 00:00 horas (horário de Brasília) do dia 11 de março.

O atleta brasileiro fez sua estreia em Beijing, e em Jogos Paralímpicos de Inverno, após disputar as provas qualificatórias e as quartas-de-finais do Snowboard Cross. Na ocasião, André conquistou a 13ª colocação.

O melhor resultado brasileiro na prova de Banked Slalom em Jogos Paralímpicos de Inverno  foi a 10ª colocação conquistada por André Cintra, na edição de PyeongChang (Coreia do Sul) em 2018.

Em 2018, 13 atletas de 10 países se classificaram para a prova. Em 2022, 16 atletas de 11 países se classificaram para a prova.

Os medalhistas da prova nos Jogos Paralímpicos de Inverno de 2018 foram: o americano Noah Elliott, medalhista de ouro; o americano Mike Schultz, medalhista de prata; e o croata Bruno Bosnjak, medalhista de bronze.

Brasileiro se despede de Beijing após disputar a prova de Banked Slalom no Para Snowboard

Disputando contra os melhores atletas do mundo, André Barbieri iniciou a primeira descida buscando uma linha mais alta e veloz, porém, após uma queda, o atleta finalizou a descida com o tempo de 01min43s86 e a 15ª colocação.

Na segunda descida, com o objetivo de melhorar o tempo e subir na classificação, o atleta fez uma prova limpa, e terminou o percurso com o tempo de 01min28s18, subindo duas posições na classificação, tempo que o colocou na 13ª colocação.

A medalha de ouro ficou com o chinês Zhongwei Wu, com o holandês Chris Vos na segunda colocação e o canadense Tyler Turner completando o pódio.

André contou um pouco da prova: “No treino eu já vinha crescendo na briga, tava todo mundo surpreso com a minha performance então na prova eu resolvi arriscar, esse era o momento de arriscar. Eu escolhi a linha bem alta junto com meu técnico Mancha. Fazer a linha mais alta que é a mais rápida, só que é uma linha de risco também. Eu arrisquei, cai ali na terceira ou quarta curva e a pressão aumentou em mim, então a segunda volta eu não pude arriscar tanto quanto eu gostaria, fui um pouco mais conservador para ao menos acabar ela em pé. Dei o meu melhor ali na segunda e eu tô feliz com o resultado, foi uma grande evolução e me dá bastante esperança para as próximas competições”.

Gustavo Haidar, supervisor técnico da CBDN, falou sobre a participação de André e sobre o Para Snowboard: “O André mostrou uma grande evolução nesses últimos anos. Estamos muito felizes com o comprometimento e desempenho dele e acreditamos que possa crescer bastante na modalidade. Sobre o Para Snowboard, é uma modalidade que vem mostrando cada vez mais competitividade, com um alto nível técnico nas competições. A CBDN já tem isso mapeado em seu plano estratégico e vem trabalhando com projetos de iniciação e desenvolvimento. Acreditamos que estamos no caminho certo para alcançarmos resultados cada vez melhores”.

A prova de Banked Slalom

A modalidade do Snowboard é recente nos Jogos Paralímpicos de Inverno, com sua primeira prova sendo realizada em 2014, em Sochi (Rússia), onde os atletas disputaram apenas a prova de Snowboard Cross. Em 2018, nos Jogos de Pyeongchang, adicionou-se a prova de Banked Slalom ao programa.

A prova é disputada em banks, sendo que o percurso em Beijing tem o total de 21 banks. Todos os atletas fazem 2 descidas e o melhor tempo de cada um é considerado para o resultado final da prova.

Em 2014, a classe Lower Limb competia de maneira universal, com todos os atletas misturados. A partir de 2018, a categoria se dividiu em duas classes, LL1 e LL2, para que a competição fosse mais justa.