13 coisas que não esqueceremos tão cedo da temporada de competições na neve no hemisfério sul

13 coisas que não esqueceremos tão cedo da temporada de competições na neve no hemisfério sul

E lá vem eles de novo dizendo que não temos neve no Brasil.. Imagina se tivesse então

 

Atletas de 15 anos campeões brasileiros, retorno da Copa do Mundo de Snowboard e Jaqueline Mourão à América do Sul, show de Isabel Clark na Copa Sul-Americana, invasão mirim no Campeonato Brasileiro Open de Snowboard. A temporada de inverno no hemisfério sul para os esportes de neve do Brasil se foi, mas todos estamos com saudades e precisamos falar algumas coisas sobre ela.

  1. O salto para a vitória de Isabel

Chame um amigo para te ajudar a contar! Isabel Clark, maior snowboarder da América Latina, faturou seu 22º título brasileiro de Snowboard em Corralco (Chile). E não parou por aí! A prova de Snowboard Cross que valia também como Copa Sul-Americana também teve ouro para a nossa rider. Depois de duelo difícil com a norte-americana Stacy Gaskill na semifinal, que culminou com a classificação à final em 2º, Isabel teve frieza para reagir e fazer uma fase final impecável. Como esquecer do grito de vitória após o último salto antes de cruzar a linha de chegada?

  1. A base do Ski Cross Country vem forte.

Não é mais surpresa para ninguém a evolução de Lucas Lima, o Lucão, talento de 15 anos do Projeto Social Ski na Rua, que foi campeão brasileiro de Sprint pela primeira vez em Ushuaia (Argentina) em agosto. Mas, e o show de Rhaick Bomfim, que é ainda mais novo, em Termas de Chillán (Chile)? Neste mês, ele também foi campeão nacional de Sprint e Distance na categoria júnior, e foi além vencendo uma prova sul-americana por menos de um ski em duelo com o chileno Juan Agurto. Que fase vive a base do Ski Cross Country!

  1. A Copa do Mundo de Snowboard voltou para a América do Sul 🙂

Desde 2009, quando o Brasil organizou pela última vez uma Copa do Mundo de Snowboard, a América do Sul não recebia um evento deste porte. Para nossa sorte, nossos “hermanos” resolveram organizar não só uma, mas duas etapas da Copa do Mundo em Bariloche, na bela estação de Cerro Catedral. E depois do inesquecível ouro de Isabel na Copa Sul-Americana, nada mal começar o circuito com o Top 15 nas duas provas, sendo o 15º na primeira corrida e 13º na segunda. Que saudade a gente tava de você na América do Sul, Copa do Mundo!

  1. Não foi só a Copa do Mundo que voltou não, Jaqueline Mourão também!

Entre tantas coisas marcantes, não podemos esquecer quem volta para casa depois de tantos anos. Jaqueline Mourão, atleta mais experiente da equipe nacional de Ski Cross Country, retornou a uma competição na América do Sul para disputar prova de Sprint internacional válida como Campeonato Brasileiro, em Termas de Chillán, no Chile. Com melhor tempo na qualificatória, a brasileira não só se sagrou campeã nacional como venceu a prova sul-americana.

  1. O colecionador de recordes Michel Macedo e a estreia de Isabella Springer

No mesmo mês em que completou 19 anos, Michel Macedo não foi nada econômico em relação aos seus presentes. Além dos títulos brasileiros de Slalom Gigante e Super G, que tal a quebra dos recordes de Super G e Super Combinado? Em provas realizadas em El Colorado (Chile), disputou provas da Copa Sul-Americana de Ski Alpino e alcançou as novas melhores marcas brasileiras nas duas disciplinas de velocidade. Agora, ele é dono de 4 marcas em 5 possíveis das disciplinas de Ski Alpino. Junto a Michel na maratona pelas montanhas chilenas, Isabella Springer, nova atleta da equipe, disputou prova sul-americana de Slalom.  Sua estreia aconteceu ainda no mês de julho em duas provas, de Slalom Gigante e Slalom.

  1. Invasão estrangeira em provas organizadas pelo Brasil

Temporada olímpica significa intensificação de treinos e ritmo de competições para as equipes nacionais de esportes de neve. Talvez seja por isso que as montanhas da América do Sul foram completamente tomadas por competidores de diversos continentes em busca de seus objetivos. E não poderíamos estar mais felizes com a presença internacional nas provas organizadas pelo Brasil! 149 atletas estrangeiros e 20 nações diferentes participantes, entre elas: Áustria, Estados Unidos, Suíça, Argentina, Chile, Sérvia, Rússia, Equador, Peru, Turquia, Grã-Bretanha, Canadá, Venezuela, México, Portugal, Itália, Japão, República Checa, França e Tailândia.

  1. Thomaz Moraes brilha entre olímpicos

Com 15 anos, Thomaz Moraes é uma das grandes esperanças brasileiras de classificação para os Jogos Paralímpicos de Inverno de 2018. Natural de Jundiaí-SP, ele já possui índice técnico para classificação e não tem diminuído a intensidade da preparação. Prática já comum em meio ao seu desenvolvimento como atleta, Thomaz participou de competições junto a atletas não paralímpicos e alcançou espetacular 4º lugar em prova de Sprint sul-americana.

  1. Primeiras provas paralímpicas oficiais de Snowboard organizadas pelo Brasil

Corralco foi palco não só do Campeonato Brasileiro de Snowboard e Copa Sul-Americana de Snowboard Cross, mas também das primeiras provas paralímpicas oficiais da modalidade chanceladas pelo Comitê Paralímpico Internacional (IPC). Com participação de 8 atletas, sendo sete canadenses e o brasileiro André Cintra, a competição teve prova de Snowboard Cross. André Cintra além de vencer na sua categoria, foi campeão brasileiro paralímpico na disciplina.

  1. Campeões nacionais de Biathlon em Portillo e medalhas internacionais para Mirlene

Não é fácil competir em Portillo, estação chilena que fica a quase 3000 metros de altitude. Mas, os brasileiros continuam se desafiando ano a ano por lá nas provas sul-americanas. Com participação de Fabrizio Bourguignon, Leandro Lutz, Lucas Martins e Mirlene Picin, as provas definiram também os campeões brasileiros. Picin e Bourguignon foram ouro. E teve tempo ainda para outras duas medalhas de bronze de Mirlene na competição, estas válidas pela Campeonato Sul-Americano de Biathlon.

  1. Maratona brasileira em 11 montanhas diferentes

Os brasileiros estão por toda parte! Só nesta temporada, nossos atletas estiveram presentes em 11 montanhas diferentes entre Chile e Argentina. El Colorado, La Parva, Corralco, Portillo, Termas de Chillán, Antillanca e Valle Nevado do lado chileno da cordilheira. Chapelco, Cerro Catedral e Ushuaia do lado argentino. Ah, não podemos esquecer de São Carlos-SP, sede da 2º etapa do Circuito Brasileiro de Rollerski! Não teve neve, mas teve muito brasileiro e competição, claro!

  1. Duelos infanto-juvenis e invasão mirim no Brasileiro Open de Snowboard

Renovação é a palavra para a 23ª edição do Brasileiro Open de Snowboard. Com grande presença de atletas nas categorias fraldinha, pré-mirim, mirim e infanto-juvenil, alguns duelos interessantes aconteceram em Corralco. O mais acirrado deles, sem dúvidas, entre Augustinho Teixeira, de 12 anos, e Zion Bethonico, 11, na categoria Infantil Masculina. Após largarem juntos e liderança posterior de Zion ao longo de boa parte da prova, Augustinho buscou reação e levou o ouro. A nova geração ainda vai dar o que falar!

  1. Novos talentos do Cross Country em desenvolvimento

 

Entre os dias 20 e 30 de agosto, quatro atletas participaram de Training Camp apoiado pela Federação Internacional de Ski em Termas De Chillán (Chile). Na sequencia, ainda participaram de provas oficiais em Bariloche (Argentina) e Antillanca (Chile). Destaque para Eduarda Ribera, a Duda, que venceu uma de suas provas em Antillanca no dia 06 de setembro.

  1. Etapas brasileiras da Copa do Mundo Masters de Ski Alpino recebem 12 nações

Mais uma vez ficou a cargo do Brasil abrir a Copa do Mundo Masters de Ski Alpino, em provas de Slalom Gigante e Super G no Valle Nevado (Chile). Com participação de Stefano Arnhold, presidente da CBDN, e Thais Melo, as provas tiveram participação de 12 nações diferentes. Destaque para Thais Melo que faturou medalhas em todas as suas provas, na categoria C-1, além de três título nacionais máster.