Em parceria com a Fundação Agitos, CBDN amplia desenvolvimento do Para Cross Country no Brasil em três núcleos

Após participação história do Para Cross Country brasileiro durante os Jogos Paralímpicos de Inverno 2018, em PyeongChang, com Aline Rocha como primeira mulher a disputar a competição e Cristian Ribera responsável por um inédito 6º lugar, a Confederação Brasileira de Desportos na Neve mira a ampliação e desenvolvimento da modalidade em solo nacional. Nos dias 04, 05 e 14 deste mês, a entidade realizou uma série de atividades que deu início a projeto em parceria com a Fundação Agitos para fomento do esporte nas cidades paulistas de São Carlos, Jundiaí e Santos.

“Realizamos uma capacitação técnica de Para Cross Country em São Carlos antes mesmo dos workshops que superou as expectativas. Diversos professores de algumas cidades, entre eles dos novos núcleos de desenvolvimento, agregaram bastante com empenho e comprometimento durante as atividades. A capacitação assim como os workshops realizados nas três cidades, posteriormente, são parte de um projeto que coordenamos em parceria com a Fundação Agitos. O objetivo é desenvolver a modalidade em três núcleos diferentes”, comenta Leandro Ribela, um dos responsáveis pelo projeto.

Organizado com o apoio da UFSCar (Universidade Federal de São Carlos) no dia 04, a vivência em São Carlos (SP) contou com apresentação dos equipamentos e alguns aspectos técnicos da modalidade, além de treinos práticos. No dia 05, com apoio do PEAMA (Programa de Esportes e Atividades Motoras Adaptadas), as atividades foram realizadas também em Jundiaí (SP), cidade onde reside e foi formado o paralímpico Cristian Ribera.

No último sábado (14), foi a vez do núcleo de Santos ter seu primeiro contato com a modalidade, visto que até então apenas São Carlos e Jundiaí apresentavam atividades desenvolvidas relativas ao esporte. Em parceria com o projeto da Equipe Fast Wheels e a Prefeitura de Santos, a CBDN realizou workshop no Complexo Esportivo Rebouças. A atividade foi aberta a potenciais atletas e professores interessados.

Paratleta, Karina Becker, de 15 anos, testou e comentou sobre a experiência: “Adorei, como já pratico atletismo foi uma experiência diferente em outro esporte. O interessante é que não faz parte da nossa realidade. Quem sabe não tenho a oportunidade de treinar na neve”.

Futuro

Com o objetivo de ampliar a atividade nos três núcleos, a CBDN mira os próximos ciclos paralímpicos e a possibilidade de detectar novos talentos, tanto para suas equipes nacionais como comissões técnicas. “Em julho, faremos um treinamento prolongado com professores e atletas dos três núcleos. Já em agosto a ideia é uma viagem para treinamento na neve. Um treinador e um atleta serão selecionados nos núcleos ao fim do programa”, encerrou Leandro Ribela.