Um dos talentos que emergem na nova geração do Ski Cross Country, Eduarda Westemaier, 15 anos, é a novata da equipe que representará o Brasil nos Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude. A competição ocorre em janeiro em Lausanne, na Suíça.
Eduarda, ou Duda – como gosta de ser chamada -, conheceu o esporte de inverno através do Rollerski (a adaptação do ski no asfalto). O início da sua trajetória se deu graças à influência do irmão, Cristian Ribera, atleta paralímpico com o melhor resultado em Jogos da história do Brasil.
“Eu ia todos os dias ver ele treinar e comecei a ter vontade de treinar também. Aí o Rodrigo (treinador) pegou uma bota e me deu para treinar. Ele ficou me treinando à parte, porque o único projeto em Jundiaí era o paralímpico e em São Paulo já tinha muito atleta”, conta Duda.
Apesar disso, a atleta demonstrou que estava determinada a praticar a modalidade e foi levada para um teste na capital. Seis meses depois, Eduarda embarcou rumo a sua primeira competição internacional, na Argentina.
O esporte como carreira
Quando percebeu a importância da dedicação no seu desempenho nas pistas, a atleta decidiu que queria seguir carreira no esporte. Desde então, ela treina todas as semanas em busca de melhores resultados e performances para as competições.
“Sinto a diferença no empenho. Antes eu não era tão focada, achava que era só andar e pronto, ser feliz assim. Depois de um tempo, eu comecei a pensar mais nos resultados e que, para alcançá-los, eu tinha que dar o meu melhor, focar mais, e aí eu faço isso”, reflete Duda.
Ela completa: “caiu a ficha que eu era atleta mesmo no fim de 2017. Eu ia para a competição, competia e ia bem, ganhava medalha. Então eu falava: ‘tem que levar mais a sério, pensar que tem mais gente competindo contra mim. Precisa ir mais além, Eduarda! (risos)’”.
As expectativas para os Jogos da Juventude
E se era necessário dar um passo a mais, Eduarda provou que estava pronta para novos desafios e se classificou no Ski Cross Country para os Jogos Olímpicos de Inverno da Juventude.
A competição, que acontece em janeiro de 2020 na cidade de Lausanne, vai reunir atletas do mundo inteiro em buscas de medalhas nas modalidades de neve e gelo.
“Lá quero dar o meu melhor. Se tiver 200 meninas e eu chegar em 190 já tá bom. Eu estar lá já vai ser um orgulho, vou ficar muito feliz. É um primeiro passo para o meu sonho acontecer”, conclui.