A partir desta quinta-feira (21), as pistas de asfalto do Parque Ecoesportivo Damha, em São Carlos – SP, serão o cenário de um esporte ainda inusitado para o público brasileiro: o Rollerski – o “ski de rodinhas”, uma espécie de adaptação do ski para o asfalto. O parque será a sede do Circuito Brasileiro de Rollerski.
A competição, organizada pela CBDN – Confederação Brasileira de Desportos na Neve, está em sua sexta edição e cada vez mais consolidada no calendário sul americano de esportes de inverno. Além desta etapa de março, são mais três ao longo do ano: julho, outubro e novembro. Nesta abertura, a previsão é de pelo menos 60 atletas participantes.
De acordo com Pedro Cavazzoni, Superintendente Técnico e CEO da CBDN, o Circuito Brasileiro de Rollerski bate recordes a cada ano. “Começamos com 2 etapas e hoje temos 4 etapas todas válidas para o Ranking Mundial da FIS. O número de atletas e provas cresce a cada ano. Esse ano temos programado 90 provas em diferentes categorias e esperamos bater também o recorde de participação novamente.”, conta.
A principal novidade desta edição é que, pela primeira vez, o Delegado Técnico das provas (o profissional indicado pela FIS – Federação Internacional de Ski para acompanhar e coordenar a competição) será um brasileiro. Leandro Ribela, atleta olímpico e um dos principais nomes do desenvolvimento do Ski Cross Country no Brasil, conquistou o cargo após ser aprovado em todos os cursos de certificação da função pela Federação.
Participação de atletas olímpicos e paralímpicos
O Circuito, além de valer pontos no ranking internacional da FIS, ocupa um papel muito importante no desenvolvimento do esporte de inverno brasileiro. A possibilidade de esquiar, mesmo sem a neve, estimula a prática da modalidade e aumenta a competitividade dos atletas brasileiros no cenário internacional.
Segundo Bruna Moura, atual campeã na categoria adulto feminino, “o Circuito é grande oportunidade de elevarmos o nosso nível aqui no Brasil, pois essa disputa interna não apenas nos ajuda em relação aos pontos FIS, mas principalmente na melhoria de desempenho”.
Isso fica evidente nos resultados do Brasil em importantes provas de Ski Cross Country e Biathlon das últimas temporadas. Por exemplo, as históricas medalhas da equipe paralímpica na Copa do Mundo de Para Ski Cross Country: Cristian Ribera conquistou uma prata e um bronze, enquanto Aline Rocha trouxe um bronze para o país.
“O rollerski é um peça fundamental dentro da estratégia de longo prazo da CBDN no desenvolvimento do Ski Cross Country e do Biathlon de Inverno, Olímpico e Paralímpico, e tem se mostrado uma ferramenta extremamente eficiente na preparação dos nossos atletas”, reitera Cavazzoni.
Expectativas esportivas para a edição 2019
Victor Santos, atual campeão masculino adulto do Circuito, conta que a principal meta de 2019 é “manter o título e, claro, fazer bons resultados durante todas as etapas”. De acordo com o atleta Olímpico, o Circuito está muito competitivo e o nível esportivo cada vez mais alto.
Por sua vez, Bruna também quer manter a invencibilidade nas provas FIS realizadas no Brasil. Ela diz que “este é um fato que eu uso como motivação em cada prova e busco manter igual neste ano”.