Nesta quinta-feira (21/02), o Brasil encerrou a sua participação no Mundial de Ski Cross Country, em Seefeld – Áustria, com três recordes nacionais quebrados e uma medalha de prata em provas qualificatórias. Apesar da participação brasileira ter chegado ao fim, a competição vai até o dia 03 de março.
Jaqueline Mourão, com 43 anos e no auge do seu desempenho na físico e técnico, foi quem trouxe a prata para o Brasil, na prova qualificatória de Distance, que ocorreu no dia 20/02. Este foi seu melhor resultado em provas deste tipo – além da inédita medalha, ela contabilizou 165,88 pontos FIS.
“O desempenho da Jaqueline é realmente incrível. A atleta que chegou aos Jogos Olímpicos de PyeongChang 2018 em sua melhor forma física e técnica, mostra que seu planejamento tem sido muito bem conduzido pelo treinador Guido Visser, alcançando seu melhor desempenho em provas qualificatórias do Campeonato Mundial Nórdico”, comenta Pedro Cavazzoni, Superintendente Técnico da CBDN – Confederação Brasileira de Desportos na Neve. Além da prata no Distance, Jaqueline Mourão quebrou o recorde nacional em Mundiais no Sprint com seus 212.55 pontos FIS.
Os números de Jaqueline Mourão impressionam: a atleta possui seis participações Olímpicas em três esportes distintos. Além disso, essa foi a quarta vez que a atleta participa da prova qualificatória do Campeonato Mundial, que foi introduzida no Campeonato Mundial de 2011, tendo garantido a classificação para todas as provas do evento em 3 das 4 participações.
As conquistas da nova geração
No masculino, os recordes também foram atualizados. Na qualificatória de Distance, o também atleta olímpico Victor Santos fez 186,66 pontos FIS, superando a marca de 214.72 pontos FIS estabelecida por Leandro Ribela no Mundial da Itália em 2013. “Estou muito contente com meu resultado e com a consciência de que posso ir ainda melhor. A preparação da equipe foi muito boa em Livigno e acho que isso se mostra aqui na competição”, conta Victor.
Já no Sprint, quem se destacou foi Matheus Vasconcellos – ele contabilizou 230,34 pontos FIS e, portanto, alcançou o melhor resultado brasileiro na disciplina em Mundiais da modalidade.
Vale ressaltar que tanto Victor Santos, quanto Matheus Vasconcellos representam a nova geração de atletas na neve do Brasil. Eles têm, respectivamente, apenas 21 e 18 anos e mostram todo o potencial do esporte de inverno nacional. Além deles, Rhaick Bomfim (16 anos) e Yuri Rocha (18 anos) estrearam neste tipo de competição – era a primeira vez que competiam um Mundial Adulto – com resultados expressivos.
O gestor técnico do Ski Cross Country da CBDN, Caio Freixeda, diz: “tivemos uma equipe bastante jovem neste mundial, incluindo a estreia de 3 atletas. O Mundial era o primeiro grande desafio neste ciclo olímpico e os resultados alcançados nos dão confiança de que os treinamentos estão rendendo e que podemos mirar coisas ainda maiores com o amadurecimento físico e técnico destes atletas”.