sobre o ski alpino

O Ski Alpino é um dos mais tradicionais esportes de neve e está presente nos Jogos Olímpicos de Inverno desde 1936, em Garmisch-Partenkirchen (Alemanha). 

Trata-se de uma modalidade contra o relógio na qual os competidores descem uma pista e tem que realizar passagens obrigatórias entre marcações, chamadas de portas, que sinalizam mudanças de direção. 

Disciplinas

A modalidade é dividida em quatro eventos (disciplinas), com categorias femininas e masculinas: Downhill (DH), Slalom Super Gigante (SG), Slalom Gigante (GS) e Slalom Especial (SL). 
As duas primeiras disciplinas são caracterizadas por apenas uma descida e compõe as “Provas de Velocidade”, uma vez que envolvem descidas íngremes nas quais os atletas podem chegar a até 150km/h. 

  • Downhill (DH): os esquiadores descem no circuito mais longo e com as portas mais espaçadas (aprox. 60 metros). É a disciplina de maior velocidade do Ski Alpino e consiste em uma única descida realizada após o treino obrigatório em pista. Os atletas alcançam velocidades de até 150 Km/h e frequentemente realizam saltos entre de 40 e 60 metros de distância. Demanda técnica, estabilidade, resistência e velocidade. 
  • Slalom Super Gigante (SG): assim como o DH, é uma disciplina de alta velocidade, porém com a pista um pouco menos longa. Assim, os atletas realizam o circuito entre 90 e 110 Km/h com espaçamento de aprox. 40 metros entre as portas. As demandas do SG são as mesmas do DH, porém com menos ênfase na velocidade e um pouco a mais na técnica. 

Já o GS e o Slalom são consideradas disciplinas “Técnicas”, já que apresentam menor extensão da pista e menor intervalo/distância das portas, alcançando menores velocidades, mas exigindo dos esquiadores maior técnica para conseguirem passar pelas marcações obrigatórias. 

  • Slalom Gigante (GS): diferentemente do DH e do SG, é considerada uma prova técnica por demandar dos atletas grande precisão, agilidade e potência para passarem por entre as portas espaçadas por aprox. 25 metros. Assim, a velocidade dos esquiadores varia entre 60 e 80 km/h e o resultado final é composto pela soma de duas descidas com percursos distintos. 
  • Slalom Especial (SL): a mais técnica dentre as disciplinas que compõem o Ski Alpino, o SL é composto por um circuito no qual as portas apresentam uma distância de aprox. 13 metros entre si. Com uma variação de velocidade de 40 a 50 km/h, os atletas devem demonstram altos níveis técnicos e de agilidade para conseguir uma boa performance na disciplina. 

 

História

A criação do esporte está intimamente conectada com a história do esqui em si, cujos vestígios encontrados na Rússia apontam seu surgimento entre 8000 e 7000 A.C. Foi no século XIX que o Ski passou de um mero método de transporte para uma modalidade esportiva, tendo suas primeiras competições não militares organizadas na década de 1840, na Noruega. Desde então, o Ski Alpino tem se desenvolvido e ganhado adeptos ao redor do mundo, sendo hoje uma das modalidades mais praticadas do globo terrestre.

Com a criação da Federação Internacional de Ski (FIS) em 1924, o Ski Alpino ganhou reconhecimento e se desenvolveu rapidamente, estabelecendo as competições mais importantes da modalidade, como o Campeonato Mundial, que teve sua primeira edição em  1931, e a Copa do Mundo, realizada a partir de 1966.

Brasil na modalidade

A primeira participação brasileira em competições oficiais de Ski Alpino aconteceu no Campeonato Mundial de Portillo, Chile, em 1966 com os atletas Francisco e Luigi Giobbi, Michael Reis de Carvalho e Sergio Hamburger. Desde então o país foi representado mais de 20 vezes em 17 edições de Campeonatos Mundiais.

Em 1992, o Brasil participou pela primeira vez dos Jogos Olímpicos de inverno, em Albertvile (França), com uma delegação formada pelos esquiadores alpinos Evelyn Schuler, Christian Munder, Fábio Igel, Hans Egger, Marcelo Apovian, Roberto Detlof e Sérgio Schuler. Desde então o Brasil foi representado mais 9 vezes em jogos olímpicos.

A 10º participação do Brasil no Ski Alpino em Jogos Olímpicos foi realizada por Michel Macedo, em 2018, nos Jogos Olímpicos de PyeongChang, Coreia do Sul.